Em Argel, Maria do Carmo se encontra com as maiores lideranças de esquerda do país, como Apolônio de Carvalho e Miguel Arraes, este guardião de parte do dinheiro do cofre do Adhemar. Na Argélia Maria também reencontra um antigo companheiro do COLINA, Angelo Pezzuti, em poucos meses, já como um casal, eles migram para o Chile.
Em Santiago o casal é envolvido nas conspirações do Cabo Anselmo, e acabam sendo perseguidos por parte da esquerda no exterior por quase um ano. O casamento deles não resiste a tamanha pressão, logo após o nascimento de seu primeiro filho, Juarez, eles se separam, poucos meses antes do golpe do Chile, que derrubou o presidente Salvador Allende.
Depois do golpe, Maria do Carmo exilou-se primeiro no Panamá depois na Bélgica e posteriormente em Portugal, em oportunidade da revolução dos cravos. Agora já casada com Chizuo Osawa, o Mário Japa (celebre guerrilheiro da VPR de Carlos Lamarca) eles vivem intensamente o processo de redemocratização português, Maria trabalha no projeto de mobilização e organização popular proposto pelo ministério da comunicação.
No ano seguinte partem para Angola, recém independente de Portugal. Vivem lá por dois anos na construção do país e na estruturação dos movimentos sociais, Maria do Carmo viaja por toda Angola como educadora popular. Retornam a Portugal em dezembro de 1977, depois do agravamento do golpe angolano. Em setembro de 1979, retornam ao Brasil com a anistia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário